Éfeso: Desejável; (Era da pureza
apostólica)
Época dos
apóstolos, durante o 1º século
Esmirna: do lat; Mirra,
(Era
da perseguição e martírio)
Representa
a igreja desde o
ano 100 a
313
Pérgamo: do Gr; cidadela, (Era de compromissos)
Representa
a igreja do século IV,V e metade do século VI
Tiatira: (Era de apostasia)
Representa
a igreja do século VI ao XV
Sardes: (Era da Reforma Protestante)
Representa
a igreja do século XVI ao XVIII
Filadélfia: do Gr; Amor fraternal
(Era do
Avivamento)
Representa
a igreja do século XVIII a XIX
Laodicéia:do Gr; Governo humano, vontade
do povo
Representa
a igreja do século XIX até a Era atual
Estudando as sete Igrejas da Ásia
Veremos
os pontos mais destacados da mensagem ás sete igrejas, as quais estavam
localizadas na província da Ásia, conhecida como Ásia Menor, na atual Turquia.
Apocalipse
2:1-7 (Éfeso)
1 - Éfeso: Desejável. É a igreja do amor
decadente;
(Era da pureza
apostólica)
É a época
dos apóstolos, durante o século I. Foi tempo de grande crescimento. O
historiador Gibbons diz que os cristãos chegaram a ser na época cerca de uns
6.000.000. Os apóstolos deixaram bem claro, na santa bíblia, a doutrina pura de
Cristo.
Posição
geográfica: A mais próxima de Patmos, do lado sudeste; era a principal cidade
da província chamada Ásia; província romana do tamanho do estado do Ceará, com
aproximadamente 148.016 KM.
Fundo Histórico: Em Éfeso, havia o templo de
Diana, considerado uma das sete maravilhas do mundo; conforme a crença popular,
Diana; havia caído do Céu.(AT 19.35)
_O teatro
comportava 24 mil pessoas assentadas.
_Os
cultos á “ deusa”; eram impuros e vergonhosos.
_Em
Éfeso, Paulo enfrentou o centro ativo do ocultismo e a magia negra,mas com toda
dificuldade, fundou a verdadeira igreja ( At 19); que era “ profundamente
espiritual” Observe carta aos Éfesos.
_Paulo
ensinou ali durante três anos.( At 19.10 e At 20.31); Conforme a tradição,
Éfeso, era a igreja que João pastoreava antes de ser levado para ilha de
Patmos.
Elogios e advertências
- “Eu sei
as tuas obras; e a tua paciência”( v.2 )
É
compensador sabermos que Jesus, sabe o que fazemos para ele.
Éfeso era
uma igreja laboriosa- Jesus a elogia por isso.
-” Não
pode sofrer os maus”( V.2 )
É
provável as fraquezas dos fracos( Rm.15.1 ); não sendo sócio do erro, a igreja
em Éfeso, pôs a prova os maus ( v.2 ). Compare ( ICr.5 e II Ts.3.6,14 ).
-OS
Achastes mentirosos ( falsos- v.2 ).
Como
distingui verdadeiros ou falsos mestres? Através do conhecimento das
escrituras;
(I
Pe. 3.15 ).
-
Sofreste; trabalhaste pelo meu nome e não te cansaste ( v.3 )
Os
maiores vultos da igreja, são os que se esforçam, até o fim da carreira, sem se
cansarem.
Advertências
1- )
Tenho porem contra ti, que deixaste atua primeira caridade ( v.4
).
Primeira
caridade: É Cristo ter primazia em nossa vida. Deus vê coração e não somente
obras.( I Tm.16.7 ).
Gravíssimo
é o nosso estado espiritual, quando nos falta amor.( I Co.13.1-4 ).
2-)
“Lembra pois donde caíste” ( v.5 ).
É no
ponto onde caímos que ele nos espera.
3-)
Arrepende-te: arrependimento não só para os perdidos, também para os filhos de
Deus.( Sl.51.12 ).
Éfeso era
uma igreja autêntica, mas devia arrepender-se de sua falta grave”
deixado o primeiro amor”.
4-)
Quando não; tirarei do seu lugar o teu castiçal”( v.5 )
Igrejas
sem o fogo divino- falta iluminação da glória de Deus. Certamente o Senhor
removeu o castiçal.
Os Nicolaitas:( v.6 ) Era um partido dentro da
igreja de Éfeso; seguidores de certo Nicolau, que desejava implantação da
sucessão apostólica.
Apocalipse
2:8-11 (Esmirna; do latim; mirra)
2 - Esmirna: Era da perseguição e martírio
Representa
a igreja desde o ano 100 ao 313. Foi o período de horrendas perseguições do
império romano contra os cristãos que foram queimados vivos, decapitados,
entregues as feras no circo romano,etc... Para esses fiéis mártires o Senhor
não tem reprovação. O período termina com o edito de tolerância de Milão,
assinado por Constantino em 313, Constantino foi imperador cristão, Constantino
declara a partir de 313, o cristianismo como religião oficial de Roma.
A cidade
A cidade
de Esmirna localizava-se num braço do mar Egeu, e era considerada uma rival de
Éfeso. Diziam ser a primeira cidade da Ásia em beleza e tamanho. Era uma cidade
pitoresca, numa encosta sobre o mar, com esplêndidos edifícios, cuja brisa
soprada do mar tornava-a fresca e arejada, mesmo nas estações mais quentes do
ano. Na época do Novo Testamento, Esmirna provavelmente tinha uma população de
aproximadamente 100.000. Por ser um porto excelente, facilitando o comércio
entre a Ásia e a Europa, era uma cidade próspera.
Religião
Durante o
domínio romano, Esmirna se tornou um centro de idolatria oficial, conhecida
como Guardião do Templo (grego, neokoros). Foi a primeira cidade da Ásia a
construir um templo para a adoração da cidade (deusa) de Roma (195 a.C.). Em 26
d.C., foi escolhida como local do templo ao imperador Tibério. Foram descobertas
imagens, na praça principal da cidade, de Posêidon (deus grego do mar) e de
Deméter (deusa grega da ceifa e da terra).
A igreja
É
bastante provável que essa igreja tenha sido fundada por Paulo durante sua
terceira viagem, por volta dos 53 a 60 da era cristã.
Essa
igreja presenciou a história de Policarpo. Policarpo foi bispo da igreja de
Esmirna, foi discipulado e ordenado pelo Apóstolo João, e foi martirizado no
ano 155. É bem provável que ele estivesse na condição de bispo dessa igreja
quando do recebimento dessa carta.
Os crentes
As
autoridades, após prenderem Policarpo, lhe ordenaram dizer que Cesar era
Senhor, mas ele se recusou. Levado ao estádio, o procônsul insistiu:
"Impropera a Cristo; nega-o e eu o porei em liberdade”. A sua resposta foi:
“Por 86 anos eu o tenho servido e ele jamais me causou qualquer mal: como,
pois, eu poderia blasfemar contra meu Rei e meu Salvador?" Quando o
procônsul novamente o pressionou, o velho homem respondeu: "Visto que em
vão instas que (...) jure pela prosperidade de César e ignore não conhecer quem
sou e o que sou, declaro aqui com ousadia, que sou cristão...". Pouco
depois o procônsul disse: "Tenho feras selvagens à minha disposição; e eu
o lançarei às feras caso não te arrependas. Eu o farei ser consumido pelo fogo
uma vez que desprezas as feras, se não te arrependeres". Mas Policarpo
disse: "Ameaças-me com o fogo que pode durar por uma hora e, então, se
extingue, mas ignoras o fogo do julgamento vindouro e a punição eterna
reservada para os ímpios. Por que te demoras? Faça a sua vontade". Logo
depois o povo ajuntou madeira e palha, instigados pelos judeus, e o queimaram
na fogueira
A carta
A
história de Policarpo mostra bem a situação em que viviam os crentes da igreja
de Esmirna, ao tempo em que Jesus se dirigiu a ela. Por isso a auto-designação
do Senhor é como aquele que esteve morto mas que havia tornado à vida, da mesma
forma que a promessa final, da coroa da vida ao que fosse fiel até à morte.
Cristo se apresenta como o vencedor da morte, o que vive eternamente, e aquele
que poderia dar a verdadeira vida àqueles que, mesmo tendo sua vida terrena
ceifada, permanecessem fiéis à sua palavra. Na situação dos discípulos de
Esmirna, encarando perseguições difíceis, seria especialmente importante lembrar
da ressurreição de Jesus. O Senhor deles não fracassou diante da morte; ele a
venceu! Eles, sendo fiéis, teriam a mesma esperança.
Ele
também mostra ao seu povo que todos os seus sofrimentos eram de seu
conhecimento: "conheço a tua tribulação, a tua pobreza". Na verdade,
extrema pobreza. Em Esmirna, geralmente, aqueles que abraçavam a fé em Cristo
eram despedidas de seus empregos e, portanto, despojados de todos os bens
terrenos. Sob essa ótica, tornar-se um cristão significava um grande
sacrifício, que implicaria em pobreza, fome, prisão e, muitas vezes, morte por
meio de feras ou de fogo.
Jesus
também declara que conhecia a blasfêmia daqueles que se declaravam judeus e não
o eram de fato, sendo, antes, a sinagoga de Satanás. Por sua característica
comercial, muitos judeus moravam nessa cidade e, lá, não apenas negavam o
messias, como perseguiam e acusavam seus seguidores às autoridades constituídas
pelos romanos. O próprio Jesus fez questão de negá-los como povo,
denominando-os seguidores do diabo.
O desafio
Não temas
as coisas que tens de sofrer (10): O conforto oferecido por Jesus não é o
livramento do sofrimento. Ele anima os discípulos em Esmirna a não desistirem
diante das tribulações que viriam logo; aqueles que ensinam que o servo fiel
será sempre próspero e livre de sofrimento nesta vida não acreditam nas
palavras que Jesus mandou à igreja em Esmirna! Entretanto, o Senhor diz a esses
crentes que eles não deviam sentir piedade de si mesmos. Na verdade, eles eram
ricos, ricos de sua graça, sua misericórdia e muitos frutos. Certamente essas
palavras de Jesus eram um grande conforto aos seus filhos.
Quando
afirma que o diabo estava para lançar alguns na prisão para os por à prova,
isso incluía a mão dos judeus, cheios de raiva e inveja contra os crentes. A
essas prisões, geralmente, seguiam-se torturas e morte. Mas o Senhor estava no
comando, ele usaria essa situação para prová-los e aprová-los, e promete que a
tribulação teria prazo certo, mesmo que demorado, estava sob o comando do
Senhor.
Ao vencedor
Ser fiel
até à morte não significava, para esses crentes, ser leal a Cristo até o fim de
seus dias, mas ser fiel a Ele, ainda que isso lhes custasse a própria vida.
Eles poderiam passar pela primeira morte, mas a morte eterna, a segunda morte,
jamais os alcançaria. A esses, o Senhor prometeu a coroa da vida, a vida eterna
ao seu lado.
Na cidade
de Esmirna, circulava uma moeda que tinha a sua face cunhada com o rosto da
deusa Cibele de Esmirna com uma grande coroa em sua cabeça. O Senhor aqui
consola o seu povo, pois poderiam perder seus recursos e suas coroas
(moedas/dinheiro), mas receberiam do Senhor a coroa da vida, o verdadeiro
tesouro, que não pode ser roubado ou confiscado por homem algum.
Esmirna
foi fiel a seu chamado para ser candeeiro, e brilhou para a glória do Senhor.
Apocalipse
2:12-17 (Pergamo; do Gr; cidadela)
3 - Pérgamo: Era de Compromissos
Pérgamo
cobre os séculos IV e V, e a metade doVI. Como satanás não pode destruir a
igreja com a perseguições, tratou de corrompe- e coloca-la em compromisso com o
estado, introduzindo na igreja pagãos não-convertidos e que conservavam parte
de suas idéias, este paganismo introduzido na igreja, foi tirando sua força
espiritual
A cidade
A cidade
se localizava sobre uma grande montanha de rocha tendo aos seus pés um grande
vale circunvizinho. O único livro do Novo Testamento que cita a cidade ou a
igreja em Pérgamo é o Apocalipse. Com a ajuda dos romanos, Pérgamo ganhou
independência dos selêucidas em 190 a.C., e passou a fazer parte do império
romano a partir de 133 a.C. Durante mais de 200 anos, foi a capital da
província romana da Ásia. Tinha uma das maiores bibliotecas da época. Foi o
povo de Pérgamo que primeiro usou peles de animais para fazer pergaminho, que
substituiu o papiro, usado para fazer livros. Em suma, Pérgamo era um grande
exemplo de ostentação da cultura e civilização modernas. Os pergamenses eram ecléticos,
cultos, pessoas de horizontes largos, dispostos a aceitar novas idéias e a
conviver dialeticamente com vários pontos de vista divergentes.
A religião
Desde 29
a.C., Pérgamo foi o local de um templo dedicado a Roma e a Augusto (idolatria
oficial do governo romano). Mais tarde, foram construídos outros templos para a
honra dos imperadores Trajano e Severo. Por ser capital da província, Pérgamo
se prestava a ser o centro do culto ao imperador. Ali o imperador era louvado e
os templos dedicados ao culto a César. Era exigido de todos, inclusive dos
crentes, oferecerem incenso à imagem do imperador e a aclamação de que “César é
Senhor”. Além desses templos para o culto imperial, o povo de Pérgamo adorava
outros “deuses”, tais como Zeus (para cuja adoração havia sido construído o
grande altar de Zeus) Atena, Dionísio e Asclépio. Encontramos em Pérgamo uma
mistura de religiões pagãs e o poder oficial do governo romano. Lá, Esculápio, o
deus da cura, era cultuado sob o emblema da serpente que, para os cristãos, era
o próprio símbolo de Satanás. Todas essas coisas certamente estavam na mente de
Cristo quando ele chamou Pérgamo de o lugar “onde está o trono de Satanás”. Ali
Satanás tinha o seu trono, e ali, reinava livremente.
A igreja
Jesus
elogia a perseverança dos cristãos de Pérgamo, que foram fiéis à fé de Jesus,
mesmo sob perseguição intensa. Antipas é mencionado somente aqui. Evidentemente
foi um mártir, provavelmente da própria congregação em Pérgamo. Foi morto entre
eles, na cidade onde Satanás habitava. Antipas se mostrou fiel até a morte
(veja 2:10).
Os
crentes
Apesar da
perseverança dos cristãos em Pérgamo, haviam problemas graves ameaçando o
bem-estar da congregação. Eles se mostraram tolerantes em relação a falsas
doutrinas, especificamente dois erros citados nesta carta.
A doutrina de Balaão
A
descrição da doutrina de Balaão refere-se à história do Velho Testamento
(Números 22-25; 31:16). No final dos 40 anos de peregrinação, os israelitas
chegaram perto da terra prometida. Acamparam-se nas campinas de Moabe, e os
moabitas e midianitas ficaram amedrontados. Balaque chamou Balaão para
amaldiçoar o povo, mas Deus frustrou todas as suas tentativas de falar contra
os israelitas. Balaão desistiu de suas maldições, mas procurou outra maneira de
vencer o povo de Israel, dando o conselho de convidá-los a participarem de uma
festa idólatra. Nesta festa, muitos israelitas se envolveram na idolatria e na
imoralidade, e Deus mandou uma praga que matou 24.000 israelitas.
Na igreja
em Pérgamo, algumas pessoas agiam como Balaão. Incentivavam o povo a ser
tolerante de outras religiões, até participando da idolatria e da prostituição,
visto que recusar participar dos eventos pagãos significava sua exclusão de
toda a vida social daquela época, o que poderia trazer sérias conseqüências no
que se refere a emprego e negócios. Assim, surgiu a idéia de que poderiam
freqüentar essas festas, participar dos rituais e comer das comidas
sacrificadas a ídolos, desde que mantivessem suas mentes resguardadas dessa
adoração pagã. Outros iam ainda mais longe, dizendo: “Como pode alguém condenar
e vencer a Satanás sem que o conheça profundamente?”.
Jesus
também repreende a doutrina dos nicolaítas. A Bíblia não identifica esta
doutrina, mas diz que Jesus odiava as obras dos nicolaítas e elogiou os efésios
por rejeitarem esses ensinamentos (2:6). Infelizmente, a igreja em Pérgamo
tolerava esses falsos mestres.
Enfim, a
igreja de Pérgamo vivia uma meia aliança com o mundo, uma espécie de amizade,
que Deus considera inimizade contra Ele. A igreja deveria ter disciplinado os
faltosos mas, não o fazendo, o próprio Cristo pelejaria contra eles com a
espada de sua boca. Esse ensino é impopular hoje, quando estamos tão preocupados
em “produzir” um cristianismo aceitável à nossa cultura evoluída e
civilizada.
O desafio
“Portanto,
arrepende-te; e, se não, venho a ti sem demora e contra eles pelejarei com a
espada da minha boca” (2:16). A espada representa a autoridade e o poder para
julgar e castigar. É Jesus, e não o governo romano, que segura esta espada
(1:16). Jesus conclama o seu povo ao arrependimento, a voltar à pureza
doutrinária e moral, a dizer não ao mundo, mesmo que isso custasse suas
próprias vidas. Não é um desafio fácil, mas um desafio necessário par aqueles
que querem servi-lo. Dizer não ao mundo é a única forma de abraçar a Cristo,
visto não possível a convivência conjunta entre as verdades do evangelho e os
prazeres desse mundo.
Ao
vencedor
Aqueles
que persistem até o final receberão a recompensa. Nesta carta, a bênção para o
vencedor é descrita em duas partes:
Aqueles
que recusassem qualquer participação na mesa dos demônios seriam sustentados
pelo maná de Deus. Jesus é o maná dado pelo Pai (Jo 6:31-65). Ele sustenta os
fiéis e lhes dá vida.
Além
disso, receberiam uma pedrinha branca, com um novo nome escrito, o que
representa uma nova identidade, uma nova realidade no Senhor. Um nome novo,
freqüentemente, sugeria uma nova direção na vida, especialmente de uma pessoa
abençoada por Deus (Abrão; Sarai; Jacó). Em Is 62:2-4, Desamparada e Desolada
recebem nomes novos: Minha-Delícia e Desposada, mostrando a bênção de estar com
Deus.
Conforme
os costumes da época, uma pedrinha branca pode incluir vários significados.
Pedras brancas eram usadas para indicar a inocência de pessoas acusadas de
crimes; Jesus inocenta os seus seguidores fiéis. Pedras brancas eram dadas a
escravos libertados para mostrar sua cidadania; os fiéis não são mais escravos
do pecado, pois se tornaram cidadãos da pátria celestial. Elas eram usadas
pelos romanos como um tipo de ingresso para eventos especiais; Jesus permite os
fiéis a entrarem na presença dele para o seu banquete. Também eram dadas aos
vencedores de corridas e aos Versão para impressão
Apocalipse
2:18-29 (Tiatira)
4 - Tiatira: Era de Apostasia
Tiatira
representa o período que vai desde o séculos VI ao XV, é a idade media, filha
de um rei sidônio, adorava a baal, a qual introduziu a idolatria e corrupção
religiosa em Israel, é aqui o símbolo da apostasia e corrupção religiosa
aberta, é a igreja do paganismo.
A cidade
A cidade
de Tiatira situava-se no caminho entre Pérgamo e Sardes. Atualmente, chama-se
Akhisar (significa “castelo branco”), na Turquia. Lídia, a primeira pessoa convertida
por Paulo na Europa, era de Tiatira (Atos 16:14), mas não temos mais nenhuma
informação sobre esta igreja no texto bíblico, a não ser quanto a essa carta
enviada por Jesus a essa igreja.
A cidade
de Tiatira era conhecida pela produção de púrpura, uma tinta usada em tecidos.
Em virtude de sua localização entre grandes centros, essa cidade
especializou-se no comércio, não apenas da púrpura, mas também de roupas,
artigos de cerâmica, bronze, etc. Havia em Tiatira grupos organizados de
artesãos e profissionais, semelhantes às associações profissionais de hoje, mas
com elementos religiosos de influência pagã, ou seja, cada associação tinha seu
deus protetor, ao qual todos os associados deviam reverência e culto.
A religião
Como as
outras cidades da época, Tiatira também tinha seus templos e santuários
religiosos, incluindo templos a Apolo, Tirimânios e Ártemis (uma deusa chamada
Diana pelos romanos), além de um santuário a sibila (orácula) Sambate. A
importância de figuras femininas na cultura religiosa de Tiatira pode ter
facilitado o trabalho de Jezabel, a mulher que seduzia os discípulos e
incentivava a idolatria e a prostituição.
A igreja
Jesus se
dirige à igreja se apresentando como aquele que conhecia “as tuas obras, o teu
amor, a tua fé, o teu serviço, a tua perseverança e as tuas últimas obras, mais
numerosas do que as primeiras”. A igreja em Tiatira era uma congregação ativa.
Ao invés de esfriar, ela se tornou cada vez mais fervorosa no serviço a Deus.
Vimos que faltava amor em Éfeso (2:4), mas Jesus viu esta qualidade boa em
Tiatira. Junto com as suas obras, os discípulos em Tiatira mostraram a sua fé,
perseverando mesmo em face de perseguições ou dificuldades.
Como já
comentado, as associações comerciais de Tiatira tinham como ponto alto os eventos
de adoração ao deus patrono. Esses eventos incluíam banquetes nos quais os
alimentos eram primeiramente sacrificados a esses ídolos, seguidos pelo
verdadeiro e totalmente imoral divertimento. Os crentes que se negavam em
participar desses eventos eram discriminados e desprezados pela sociedade, o
que lhes trazia sérias conseqüências em relação a seus negócios seculares.
Assim, o
problema principal da igreja em Tiatira, narrado por Cristo, foi uma atitude
tolerante em relação a uma falsa profetisa. É possível que essa mulher
realmente se chamasse Jezabel, mas é mais provável que Jesus tenha escolhido
este nome por representar toda a maldade da mulher do rei Acabe no século IX
a.C. Ela teve uma influência terrível em Israel, conduzindo o povo à idolatria
e à prostituição cultual. A Jezabel de Tiatira agiu de maneira semelhante,
seduzindo os cristãos às práticas de idolatria e prostituição (imoralidade
sexual literal, ou impureza espiritual), incentivando os crentes a comerem
coisas sacrificadas aos ídolos.
Interessante
que Jesus promete prostrá-la de cama, mas não à cama da prostituição à qual ela
se deitava por vontade própria, mas a cama de doença e sofrimento. Jesus
forçaria esta mulher e seus cúmplices a se deitarem na cama de tribulação.
Os crentes
Entretanto,
Jesus afirma àqueles que não haviam abraçado a doutrina de Jezabel e que não
haviam conhecido, como eles diziam, as coisas profundas de Satanás, que não
lhes jogaria outra carga, mas apenas que “tão-somente conservai o que tendes,
até que eu venha”. Vejam que o Mestre não queria colocar jugo sobre suas
costas, pois seu jugo é manso e seu fardo é leve, como nos afirma o texto de
Mateus. O pai apenas pedia a seus filhos que não se contaminassem com a sujeira
na qual o mundo à sua volta esta envolto. Ele queria que seus filhos
permanecessem limpos, para que pudessem ter comunhão com ele.
Esses
crentes já tinham a aprovação do Senhor quanto as suas obras e seu amor, e o
Pai apenas os convidava a permanecer fiéis, e não largar aquilo que haviam
conquistado, a exemplo do que fizeram os crentes de Éfeso.
Ao
vencedor
Essa
carta traz, àqueles que se guardassem fiéis, não desfalecendo em suas obras e
amando ao Senhor sobre todas as coisas, a promessa de que teriam autoridade
concedida dos céus. Esses crentes podiam, no presente momento, ser oprimidos
pelas autoridades locais, mas, em Cristo, exerceriam a verdadeira autoridade,
autoridade essa que não é conquistada ou mantida pela força, mas que vem do
Senhor e que transforma o mundo.
Esses
crentes gozariam de eterna e profunda comunhão com Cristo, a Estrela da Manhã,
brilhando e reinando em glória, por intermédio daquele que os havia conquistado
por seu sangue. Seriam como o que a Bíblia descreve em provérbios, 4:18: “Mas a
vereda dos justos é como a luz da aurora, que vai brilhando mais e mais, até
ser dia perfeito”.
vitoriosos
em batalha. Os fiéis são vencedores que receberão o prêmio.
Apocalipse
3:1-6 (Sardes;)
5 - Sardes: Era da reforma
Sardes
corresponde á igreja no século XVII e primeira parte do XVIII, quando a verdade
bíblica começou a abrir caminho por meio da pregação dos reformadores. Ap 3.2;
profetiza a tragédia vividas pelas igrejas que, após a morte de seus
fundadores, deixaram morrer parte das verdades descobertas e pregadas pelos
reformadores.
A cidade
Sardes
foi fundada no século 12 a.C. No passado, foi a capital da antiga monarquia
lídia, um dos reinos mais ricos do mundo antigo. A cidade, hoje apenas ruínas
perto da atual vila de Sarte na Turquia, considerava-se impenetrável.
Situava-se em uma rota comercial importante no vale do Hermo, com a parte
superior da cidade (a acrópole) quase 500 metros acima da planície, nos
rochedos íngremes do monte Tmolo. Era uma cidade próspera, em parte devido ao
ouro encontrado no Pactolos, um ribeiro que passava pela cidade. A cidade
antiga fazia parte do reino lídio. Pela produção de ouro, prata, pedras
preciosas, lã, tecido, etc., se tornou próspera. Os lídios foram o primeiro
povo antigo a cunhar regularmente moedas. Em 546 a.C., o rei lídio, Croeso, foi
derrotado pelos persas (sob Ciro o Grande). Soldados persas observaram um
soldado de Sardes descer os rochedos e, depois, subiram pelo mesmo caminho para
tomar a cidade de surpresa durante a noite. Assim, a cidade “inconquistável”
caiu quando o inimigo chegou como ladrão na noite. Em 334 a.C., a cidade se
rendeu a Alexandre, o Grande. Em 214 a.C., caiu outra vez a Antíoco, o Grande,
da Síria. Durante o período romano, pertencia à província da Ásia, mas nunca
mais recuperou o seu prestígio. Era uma cidade com um passado glorioso e um
presente de pouca importância em termos políticos e comerciais.
A igreja
“Conheço
suas obras”. Como nas outras cartas, aquele que estava no meio dos candeeiros
conhecia perfeitamente as obras e os corações das igrejas, e, quanto a igreja
de Sardes, ele afirma que “Tens nome de que vives, e estás morto”. Esta frase
ilustra perfeitamente a diferença importante entre reputação e caráter. A
reputação é a fama da pessoa, o que os outros acham que ela é. O caráter é a
essência real da pessoa, o que ela realmente é. As pessoas enxergam somente por
fora, mas Jesus vê o homem interior e sonda os corações. A igreja de Sardes
teve a reputação de ser ativa e viva, mas Jesus sabia que estava quase morta.
Ele não fala da perseguição romana, nem de conflitos com falsos judeus. Não
cita nenhum caso de falsos mestres seduzindo o povo ao pecado. Ele fala de uma
igreja aparentemente em paz, que, aos olhos humanos, poderia ser considerada uma
igreja perfeita, mas a boa fama não ocultou a verdadeira natureza desta
congregação dos olhos do Senhor.
Não tem
como enganar ao Criador. Podemos fingir uma fé para os homens, simular uma vida
de intimidade com Deus, mas jamais enganaremos a Cristo. Cristo conhece nossas
obras e, mais, conhece nossa real motivação ao praticá-las. Aqueles crentes
viviam numa comunidade vibrante e cheia de atividades, mas na verdade seu
interior estava sem vida. Aos olhos de Deus era uma igreja morta, que precisava
de um avivamento espiritual profundo.
O desafio
Cristo os
conclama a igreja a “Sê vigilante e consolida o resto que estava para morrer,
porque não tenho achado íntegras as tuas obras na presença do meu Deus”. Essa
igreja, que se achava tão viva e ativa, na verdade, era formada por mortos
espirituais. A falta de vigilância foi o erro daqueles crentes. Muitas
passagens no Novo Testamento frisam a importância da vigilância, pois o pecado
nos ameaça a todo instante, e devemos permanecer alerta para não sermos destruídos
por ele (Mt 26:41; Mt 24:42-43; 25:13; Lc 12:27-39, 1Pe 5:8).
Jesus os
alerta para que salvassem aqueles que estavam caminhando para a morte. Sua
religiosidade e seu compromisso com a igreja e com os cultos não os estavam
levando à vida, mas, ao contrário, os levava à separação completa do criador.
Jesus os convidava a olharem para a direção certa, a deixar uma vida de
religiosidade e experimentarem uma vida de real entrega ao Senhor.
Jesus
lhes afirma que não achava íntegras as suas obras na presença de Deus: Em vista
de sua reputação de ser uma igreja viva, presume-se que a igreja de Sardes era
uma igreja ativa. O problema não foi a ausência de obras, mas a falta de
integridade delas. É possível defender a doutrina de Deus sem amar ao Senhor
(2:2-4). É possível obedecer mandamentos de Deus sem inteireza de coração (2 Cr
25:2). É possível fazer coisas certas por motivos errados. Tal foi o exemplo de
Caim, assim essa igreja não teve suas ofertas aprovadas pelo Senhor.
O chamado
No verso
3 o Senhor chama a igreja a olhar o seu passado e tudo o que havia recebido do
Senhor, não como a cidade de Sardes, que vivia pelas lembranças de seu passado
glorioso, mas um olhar ao passado que os pudesse lembrar sua verdadeira
natureza, trazendo seus corações de volta ao Senhor. A igreja precisava lembrar
das grandes bênçãos recebidas e voltar a valorizar a sua comunhão especial com
Deus. Essa passagem me lembra a admoestação de Paulo ao jovem pastor Timóteo,
quando diz em 1Tm 1:18 que ele deveria sempre trazer à mente as profecias que
ele havia recebido sobre seu chamado e, firmado nelas, deveria prosseguir no
bom combate. No livro de Lamentações (3:21), no meio da desolação em que o povo
de Israel se encontrava, o profeta Jeremias disse “quero trazer à memória o que
me pode dar esperança”.
Na
sequência, Jesus afirma que, caso não se arrependam, viria como ladrão,
pegando-os de surpresa, de modo que não tivessem qualquer oportunidade de
retorno. Obviamente, Jesus se referia à tomada da cidade, que ocorrera no
passado durante a calada da noite, a qual pegou todos desapercebidos. Assim age
o nosso Senhor e, por isso, devemos estar alerta e preparados para sua vinda.
Precisamos ser encontrados de vestes brancas, com nossas lâmpadas acesas, e com
o coração submisso à sua vontade.
O elogio
Jesus
afirma que, em Sardes, haviam umas poucas pessoas que não haviam contaminado as
suas vestes. No meio de uma igreja quase morta, Jesus encontrou algumas pessoas
que permaneceram fiéis! Tal como nos tempos de Elias, havia um remanescente,
haviam crentes verdadeiros que estavam vivos em Cristo. Esse texto não deve ser
interpretado de forma a justificar a tolerância ao pecado público numa igreja,
como vimos nas cartas anteriores. Esses, certamente não haviam se contaminado,
mas também não se conformaram com o pecado da igreja. O livro de Efésios nos
adverte a não sermos participantes e nem cúmplices nas obras das trevas
(5:7,11).
Ao
vencedor
Tal como
esses que haviam se mantido fiéis, Jesus promete a todos os que vencessem que
andariam com ele, vestidos de vestiduras brancas, não mais manchados ou
contaminados pela lama do pecado, e experimentando de completa comunhão com
ele.
Conclusão
Muitas
vezes, julgamos os outros com base naquilo que podemos ver. Entretanto, nem
sempre essa aparência espelha a realidade que acontece no íntimo de cada
indivíduo. Ao contrário, o Senhor julga os corações. Ele vê o caráter
verdadeiro, a essência, a real motivação de cada um. Quando enviou esta carta à
igreja em Sardes, Jesus contrariou a impressão generalizada sobre aqueles
crentes. Apesar de ter a reputação de uma igreja forte e ativa, ele viu as
falhas e sabia que aquela congregação estava quase morta. Se não voltasse a
viver, seria tomada de surpresa, como se fosse por um ladrão.
Essa
carta serve para nos deixar alerta. Ela nos conclama a nos examinarmos e, tal
como Davi nos versos 23 e 24 do Salmo 139, orarmos ao Senhor para que ele nos
sonde e conheça o nosso coração, prove-nos e conheça os nossos pensamentos, e
veja se há em nós algum caminho mau e, então, guie-nos pelo caminho eterno.
Apocalipse
3:7-13 (Filadélfia; Amor fraternal)
6 - Filadélfia: Era do avivamento
Filadélfia
que quer dizer amor fraternal, representa a última parte do século XVIII e a
primeira parte do século XIX, com o nascimento da expansão missionária e a
organização das Sociedades Bíblicas. Começa a se estudar-se Daniel e apocalipse
e surgem os maiores reaviva mentos da História.
A cidade
A cidade
de Filadélfia gozava de uma localização estratégica de acesso entre os países
antigos de Frígia, Lídia e Mísia. Foi fundada pelo rei de Pérgamo, Atalo, cerca
de 140 a.C. Ele foi conhecido por sua lealdade ao seu irmão Eumenes, dando
assim origem ao nome da cidade (Filadélfia significa "amor
fraternal"). A região produzia uvas, e o povo especialmente honrava a Dionísio,
o deus grego do vinho. Entretanto, Filadélfia era uma cidade pequena e sem
nenhuma atividade econômica de grande destaque. A cidade servia como base para
a divulgação do helenismo às regiões de Lídia e Frigia e localizava-se num vale
no caminho entre Pérgamo e Laodicéia. Era chamada de a porta aberta do Vale do
Hermo. Usando a situação geográfica como referencial, Jesus diz que a igreja
tem uma porta aberta pela frente.
Filadélfia
foi destruída por um terremoto em 17 d.C. e reconstruída pelo imperador
Tibério. Atualmente, a cidade de Alasehir fica no mesmo lugar, construída sobre
as ruínas de Filadélfia.
A carta
Jesus se
apresenta como o santo e verdadeiro. Nessa auto-designação, Jesus enfatiza sua
realidade, em contraste com a falsidade dos judeus que viviam na cidade.
Ele
também se apresenta como aquele que tem a chave de Davi, que abre, e ninguém
fecha, e que fecha, e ninguém consegue abrir. Filadélfia era conhecida como a
porta aberta do Vale do Hermo, mas Jesus se mostra como a chave, aquele que tem
a autoridade e o domínio sobre todas as coisas.
A igreja
A exemplo
de Esmirna, Filadélfia não recebeu qualquer crítica do nosso Senhor. A essa
igreja, Jesus declara que, mesmo sendo pequena e fraca, provavelmente se
referindo ao seu tamanho e poder financeiro ou político, o Senhor havia posto
diante de sua igreja uma porta aberta, a qual ninguém poderia fechar. Antes
mesmo de falar sobre as suas obras, Jesus já oferece encorajamento a esses
discípulos, mostrando-lhes que aquilo que ele lhes confiasse, ninguém poderia
usurpar ou impedir. Mesmo sendo servos fiéis, eles se sentiram fracos e,
talvez, incapazes de cumprir bem sua missão, mas Jesus lhes afirma que sua
força vinha Dele, e não de si mesma. Filadélfia era uma cidade missionária das
trevas, mas à sua igreja, Jesus estava concedendo a autoridade de ser porta
para a difusão do evangelho.
Essas
portas representam acesso e oportunidades. Deus lhes estava dando oportunidades
e, antes que desanimassem, ele lhes mostra que sua pouca força, em termos
físicos não representava qualquer empecilho a esse chamado, visto que, no mundo
espiritual, essa igreja era poderosa diante de seu Senhor. É nesse mesmo
sentido que Paulo declara em II Co 12:10 que: “sinto prazer nas fraquezas, nas
injúrias, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias, por amor de
Cristo. Porque, quando sou fraco, então, é que sou forte”. É isso o que fazia
com que essa igreja permanecesse de pé, mesmo diante de lutas e perseguições.
Essa
maravilhosa igreja vivia em constante oposição dos judeus, que tinham uma
sinagoga na cidade. O livro de Atos nos mostra o quanto esses que se julgavam
conhecedores de Deus perseguiam o evangelho. Isso não era diferente em
Filadélfia. Mas o Senhor não deixou que isso passasse despercebido. Ele guardou
sua igreja e aprovou a sua fidelidade, prometendo que esses seguidores de
Satanás viriam e se prostrariam aos seus pés.
O desafio
A essa
igreja, o desafio do Senhor era que se mantivessem fiéis. As lutas seriam
grandes e difíceis, e, ao contrário de algumas das sete igrejas, Filadélfia não
havia desistido ou se conformado com o mundo. O Senhor queria que não
vacilassem, que não olhassem para traz, que permanecessem firmes até a sua
volta
A promessa
Como
vimos no início, a cidade de Filadélfia, não muito tempo antes de receber essa
carta, havia sido destruída por um terremoto. É certo que todos traziam esse
trágico acontecimento em suas memórias, e, possivelmente, temiam que algum dia
isso pudesse novamente acontecer. Mas, aos seus filhos, o Senhor os promete ser
como colunas no santuário de Deus, colunas essas que, como disse Jesus, jamais
sairiam dali, jamais se abalariam. As colunas da cidade haviam ruído, mas as
colunas no verdadeiro templo de Deus jamais seriam destruídas.
Como diz
o Salmo 125, “os que confiam no SENHOR são como o monte Sião, que não se abala,
firme para sempre”.
Apocalipse
3:14-21 Laodicéia: Era atual
(Laodicéia;
do Gr; governo humano, vontade do povo)
7 - Laodicéia era uma igreja orgulhosa,
presunçosa, e auto suficiente que não reconhecia seu estado de miséria. Apesar
de seus erros Deus continua a ama-la, mas não tolera seus erros, mas lhe dirige
os conselhos mais comovedores e inclusive faz o mais terno oferecimento, entrar
em intima comunhão com ele. Ap 3.20
A cidade
Laodicéia
situava-se no vale do rio Lico, na Ásia Menor. Nesse vale, situavam-se três
cidades principais: Colossos, conhecida por suas fontes de água fria,
Hierápolis, conhecida por suas fontes de águas termais, e Laodicéia, uma cidade
próspera e autosuficiente, que servia como centro financeiro e comercial da
região. Devido a sua properidade, era o lar de muitos milionários, contando com
teatros, estádio e um ginásio equipado com banhos. A cidade era tão rica que
seus habitantes declinaram em receber ajuda do governo após a cidade ter sido
parcialmente destruída após um terremoto que ocorreu no ano 60 d.c. Laodicéia
situava-se no local da cidade moderna de Denizli, na Turquia, no cruzamento de
algumas das principais estradas da Ásia Menor. À época, a água da cidade vinha,
via aquedutos, das fontes termais de Hierápolis, chegando morna em Laodicéia.
A cidade
tinha uma famosa escola de medicina, que produzia, dentre outras coisas, um
remédio para olhos fracos. Na cidade, a macia lã negra das ovelhas do vale era
tecida em peças de roupa. Devido a sua riqueza e prosperidade, a cidade era
também conhecida por sua arrogância.
A igreja
A atitude
dos crentes de Laodicéia não era diferente da dos demais habitantes da cidade.
Esses crentes eram presunçosos e soberbos. Jactavam-se de sua posição social,
de sua riqueza, de sua influência e, por isso, imaginavam que, espiritualmente,
eram privilegiados. Pensavam que sua prosperidade era um inequívoco sinal da
aprovação de Deus sobre suas obras, por isso, diziam em seus corações: “Estou
rico e abastado, não preciso de coisa alguma”. Esses crentes haviam se
esquecido de que dependiam do maná vindo do céu, julgando que não precisavam do
favor divino.
Jesus se
apresenta a essa igreja como o princípio e o fim de toda a criação de Deus.
Aquele que era fiel e verdadeiro, e que não podia se influenciado por nada em
sua justiça. Em outras palavras, Jesus se apresenta como aquele que tinha todo
o controle sobre a criação, e que seu julgamento era reto e justo, visto que
nenhuma riqueza o poderia corromper.
Jesus
conhecia o coração daqueles crentes, e conseguia ver muito além da aparente
prosperidade espiritual que os envolvia. Sua repreensão usa como pano de fundo
a situação vivida por aquelas pessoas, e ele se coloca como totalmente enjoado
por sua soberba, totalmente nauseado, a ponto de vomitá-los de sua presença.
Essa expressão não era de difícil entendimento para aqueles crentes. Como já dissemos,
a água da cidade vinha de fontes termais, e chegava morna nas torneiras.
Muitos, ao bebê-la, sentiam essa sensação de vômito, e era exatamente assim que
o Senhor descreve seu sentimento em relação àquela igreja. Jesus afirma que
seria melhor que fossem frios ou quentes. As águas termais de Hierápolis
ajudavam no tratamento de alguns problemas de saúde. As águas frias de Colossos
eram boas para beber. Mas as águas mornas de Laodicéia davam ânsia de vômito!
Jesus
afirma que aqueles crentes, ao contrário do que pensavam, aqueles crentes eram
infelizes, miseráveis, pobres, cegos e nus. Eles podiam, em termos materiais,
serem abastados, bem vestidos e aquecidos com suas roupas de lã e com seus
olhos bem tratados pelos colírios produzidos na cidade, mas, em seu coração,
eram miseráveis. Não tinham nada, estavam totalmente desprovidos da graça de
Deus.
Após o
pecado original, Adão e Eva não tiveram coragem de se apresentar a Deus, pois
sentiram vergonha de sua nudez. Esses crentes, embora aparentemente bem vestidos,
também estavam nus diante do Criador. Estavam sujos por seu pecado, e por isso,
estavam na condição de miseráveis.
Paulo,
após seu encontro com Cristo, nada consegui ver, até que, por ordem do Senhor,
Ananias lhe impôs as mãos e, de seus olhos caíram as escamas (At 9:18) que lhe
impediam de ver as realidades espirituais.
O Desafio
No livro
de Tiago, no capítulo 4, o Senhor lembra a sua igreja, que “Deus resiste aos
soberbos, mas dá graça aos humildes” (v. 6), e os convida: “Chegai-vos a Deus,
e ele se chegará a vós outros. Purificai as mãos, pecadores; e vós que sois de
ânimo dobre, limpai o coração. Afligi-vos, lamentai e chorai. Converta-se o
vosso riso em pranto, e a vossa alegria, em tristeza. Humilhai-vos na presença
do Senhor, e ele vos exaltará” (v. 8-9).
Essa era
a atitude que o Pai esperava de seus filhos. Por isso ele os convida a dEle
comprar “ouro refinado pelo fogo para te enriqueceres, vestiduras brancas para
te vestires, a fim de que não seja manifesta a vergonha da tua nudez, e colírio
para ungires os olhos, a fim de que vejas”. O Senhor desejava que seus filhos
entendessem que a verdadeira riqueza é espiritual, e vem exclusivamente de
Deus; as verdadeiras vestes são as vestes de justiça, de santidade, as vestes
brancas que o Senhor reservou para seus filhos e que, somente por Ele, eles
poderiam ser curados da cegueira espiritual que os afligia.
Assim, o
verso 19 apresenta o desafio do Criador: “Eu repreendo e disciplino a quantos
amo. Sê, pois, zeloso e arrepende-te”.
A
correção que vem de Deus é uma manifestação do seu amor (Hebreus 12:4-11). Deus
ainda amava esses crentes, e os convida a voltar a Ele. Isso nos ensina sobre
sua misericórdia e que, conforme diz sua Palavra: não resiste ao coração
humilde e contrito (Sl 51:17). É por isso que ele se apresenta à igreja como
aquele que estava à porta de seus corações, esperando deles uma atitude de
humildade, para recebê-lo em sua casa. Ele deseja ter comunhão com o seu povo,
estar com eles e desfrutar de sua companhia.
A promessa
Ao
vencedor, Jesus promete o assentar-se com ele em seu trono. Não mais um trono
independente e longe do Pai, mas em Seu trono, em sua presença, em sua
constante companhia. Deus quer seus filhos ao seu lado, e essa é a promessa
àqueles que se renderem a Ele, com o coração quebrantado, confiados em sua
maravilhosa graça.