sábado, 8 de janeiro de 2011

Coisas Comuns e Imundas tem importancia para Jesus


TEXTO EM TESE:   Atos 10.1-48

Existem atitudes em nossas vidas que Deus precisa moldar, atitudes, pensamentos, comportamentos etc...  Entretanto existem outras que dependem de nós.
Tenho observado que dentro das igrejas  as atitudes não tem sido mudada, não estou falando das que dependem de Deus para mudar, mais sim, as que  dependem de nós. Vamos aos cultos ao menos 3 vezes na semana, sem contar consagração, oração, jejum  etc....
professamos o nome de Jesus todos os dias de nossas vidas, mais será que esta tudo bem?
Deixe me fazer entender, há muitos costumes, doutrinas humanas, e ensinamentos arcaicos baseados no Antigo Pacto, entretanto Deus foi muito enfático ao dizer: 

“...Estando ele ainda a falar, eis que uma nuvem luminosa os cobriu; e dela saiu uma voz que dizia: Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo; a ele ouvi.”(Mt 17.5)

Somente a Jesus devemos ouvir, nos dias de hoje:
“Havendo Deus antigamente falado muitas vezes, e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, nestes últimos dias a nós nos falou pelo Filho, a quem constituiu herdeiro de todas as coisas, e por quem fez também o mundo.”(Hb 1.1,2)

Devemos lembrar também que a Bíblia nos ensina que:

“A lei e os profetas vigoraram até João(batista); desde então é anunciado o evangelho do reino de Deus, e todo homem forceja por entrar nele.”(Lc16.16).

Creio que você não teve dificuldade em entender que Jesus é o caminho a verdade e a vida. Pois bem, O fato é que muitos Ministros da Palavra de Deus, não conseguem alcançar este entendimento. Conseqüentemente as ovelhas sofrem e ficam sem comer pastos verdejantes.
  
Em Suma: nosso comportamento Ético, Moral e Religioso se baseia somente nos ensinamentos de Jesus e os Fatos Bíblicos do A.T servem de exemplos para nossa vida.
Enquanto isso não acontece,  o legalismo e a vontade humana, vai tentando sufocar a graça.

 Lei(Conjunto de regras do A.T)  Graça(Favor imerecido N.T)
Você sabia que Pedro também não entendeu??

 Andar três anos vendo Jesus fazer maravilhas, não foi o suficiente para Pedro entende-lo.
Logo após o Batismo de pentecoste(Atos 2).  Pedro estava no auge, o Espirito de Cristo, estava fazendo maravilhas através dos Apóstolos, todavia Pedro se destacou no Ministério,  em um discurso de Pedro,  quase três mil almas se  converteram ao cristianismo(At 2.41), curou um coxo na porta do templo(At 3.6), ressuscitou Tabita(At 9.36).
Para Pedro tudo estava indo maravilhosamente bem, talvez com você também vá tudo bem, mais deixa eu te dizer uma coisa:  só Jesus é capaz de sondar os nossos corações, e saber se esta tudo bem,  Jesus sondou o coração de Pedro, e percebeu que faltava algo, então Jesus decidiu prová-lo e teve uma decepção.

Quando Jesus te colocar na provar, não o decepcione, não deixe que os costumes e doutrinas humanas falem mais do que o ensinamento de Deus.

Na hora nona(três da tarde) Jesus da uma visão a Cornélio, e fala para que ele envie homens até Jope onde Pedro se encontrava. (Atos 10.1-8)

No dia seguinte Pedro estava a orar no terraço na hora sexta(21h), foi quando Jesus provou Pedro, na necessidade dele naquele momento, a fome, e  ele não passou no teste.

“e via o céu aberto e um objeto descendo, como se fosse um grande lençol, sendo baixado pelas quatro pontas sobre a terra,
no qual havia de todos os quadrúpedes e répteis da terra e aves do céu.
E uma voz lhe disse: Levanta-te, Pedro, mata e come.
Mas Pedro respondeu: De modo nenhum, Senhor, porque nunca comi coisa alguma comum e imunda.”(At 10.11-14)

Deixa eu te dizer algo muito importante meu caro irmão,  Pedro ainda estava “preso” no costumes e nas leis judaicas.

A Bíblia diz:  “Porque onde estiver o teu tesouro, aí estará também o teu coração.”(Mt 5.21)
           
            Esse problema de Pedro perdura até os dias de hoje em nossas Igrejas através de alguns Evangélicos com costumes legalista em pleno Século xxl.
 Pedro mesmo tendo varias experiências com Jesus, ainda estava preso aos preceitos Judaicos e a Lei de Moisés.
            No livro de Levitico Capitulo 11, Deus instituiu alguns animais que os israelitas podiam comer e outros que não podiam.  E Jesus usou Justamente isso, para ensinar a Pedro o  que é a Graça.
                                           
Lembra do Centurião Cornélio?? Seus homens foram até Pedro, e chegaram justamente na hora em que Pedro estava no terraço, pensando na visão que tivera, porém o Espírito Santo lhe disse: “eis que três varões te buscam. Levante pois, e desce com eles, não duvidando porque os enviei”(At 10.19-20)
E Pedro chegando a casa de Cornélio, Pedro entende o recado de Jesus e disse a Cornélio: “e disse-lhes: Vós bem sabeis que não é lícito a um judeu ajuntar-se ou chegar-se a estrangeiros; mas Deus mostrou-me que a nenhum homem devo chamar comum ou imundo”(At 10.28)


Ufa!!  Até que enfim Pedro entendeu que não se faz acepção de pessoas!!

Eu sei, e estou certo no Senhor Jesus, que nenhuma coisa é de si mesma imunda, a não ser para aquele que a tem por imunda; para esse é imunda.(Rm14.14)


Historicamente falando,  os gentios eram chamado de imundos pelos Judeus Justamente por comer animais que eles não comiam, da mesma forma  nós brasileiros não podemos condenar os cristãos portugueses e Sulistas  por beber vinho é a cultura  deles. Por isso Jesus teve que mostrar a Pedro que era necessário viver pela graça.
                                           
Bem faltava ainda Jesus finalizar o ensinamento, para que Pedro entendesse definitivamente, o que ele queria.

Enquanto Pedro explicava a Cornélio sobre o ensinamento de Jesus
(At 10.29-46), não somente Cornélio mais todos que estavam ali foram batizados no Espírito Santo. “Enquanto Pedro ainda dizia estas coisas, desceu o Espírito Santo sobre todos os que ouviam a palavra.
Os crentes que eram de circuncisão, todos quantos tinham vindo com Pedro, maravilharam-se de que também sobre os gentios se derramasse o dom do Espírito Santo, porque os ouviam falar línguas e magnificar a Deus”.
(At 10.44-46)

           
Meus amados irmãos escute a voz do Senhor Jesus:
        
“não endureçais os vossos corações, como na provocação, no dia da tentação no deserto, onde vossos pais me tentaram, pondo-me à prova, e viram por quarenta anos as minhas obras.
 Por isto me indignei contra essa geração, e disse: Estes sempre erram em seu coração, e não chegaram a conhecer os meus caminhos.”(Hb3.8-10)

            Enfim, busque, estude, debata com boa intenção a palavra de Deus, isso é bom para o Crescimento do crente.

Confia no Senhor de todo o teu coração, e não te estribes no teu próprio entendimento.
(Pv 3.5)

O meu povo está sendo destruído, porque lhe falta o conhecimento.(Os 4.6)


Graça e Paz a Todos!!

terça-feira, 19 de outubro de 2010

As Sete Igrejas da Ásia




Éfeso: Desejável; (Era da pureza apostólica)
Época dos apóstolos, durante o 1º século 

Esmirna: do lat; Mirra,
 (Era da perseguição e martírio)
Representa a igreja desde o
ano 100 a 313

Pérgamo: do Gr; cidadela, (Era de compromissos)
Representa a igreja do século IV,V e metade do século VI

Tiatira: (Era de apostasia)
Representa a igreja do século VI ao XV

Sardes: (Era da Reforma Protestante)
Representa a igreja do século XVI ao XVIII

Filadélfia: do Gr; Amor fraternal
(Era do Avivamento) 
Representa a igreja do século XVIII a XIX 

Laodicéia:do Gr; Governo humano, vontade do povo
Representa a igreja do século XIX até a Era atual 



                  Estudando as sete Igrejas da Ásia


Veremos os pontos mais destacados da mensagem ás sete igrejas, as quais estavam localizadas na província da Ásia, conhecida como Ásia Menor, na atual Turquia.

Apocalipse 2:1-7 (Éfeso)

1 - Éfeso: Desejável. É a igreja do amor decadente; 
                  (Era da pureza apostólica) 

É a época dos apóstolos, durante o século I. Foi tempo de grande crescimento. O historiador Gibbons diz que os cristãos chegaram a ser na época cerca de uns 6.000.000. Os apóstolos deixaram bem claro, na santa bíblia, a doutrina pura de Cristo.

Posição geográfica: A mais próxima de Patmos, do lado sudeste; era a principal cidade da província chamada Ásia; província romana do tamanho do estado do Ceará, com aproximadamente 148.016 KM.

Fundo Histórico: Em Éfeso, havia o templo de Diana, considerado uma das sete maravilhas do mundo; conforme a crença popular, Diana; havia caído do Céu.(AT 19.35)
_O teatro comportava 24 mil pessoas assentadas.
_Os cultos á “ deusa”; eram impuros e vergonhosos.
_Em Éfeso, Paulo enfrentou o centro ativo do ocultismo e a magia negra,mas com toda dificuldade, fundou a verdadeira igreja ( At 19); que era “ profundamente espiritual” Observe carta aos Éfesos.
_Paulo ensinou ali durante três anos.( At 19.10 e At 20.31); Conforme a tradição, Éfeso, era a igreja que João pastoreava antes de ser levado para ilha de Patmos. 

Elogios e advertências
- “Eu sei as tuas obras; e a tua paciência”( v.2 )
É compensador sabermos que Jesus, sabe o que fazemos para ele.
Éfeso era uma igreja laboriosa- Jesus a elogia por isso.
-” Não pode sofrer os maus”( V.2 )
É provável as fraquezas dos fracos( Rm.15.1 ); não sendo sócio do erro, a igreja em Éfeso, pôs a prova os maus ( v.2 ). Compare ( ICr.5 e II Ts.3.6,14 ).
-OS Achastes mentirosos ( falsos- v.2 ).
Como distingui verdadeiros ou falsos mestres? Através do conhecimento das escrituras;
 (I Pe. 3.15 ).
- Sofreste; trabalhaste pelo meu nome e não te cansaste ( v.3 )
Os maiores vultos da igreja, são os que se esforçam, até o fim da carreira, sem se cansarem.

Advertências
1- )    Tenho porem contra ti, que deixaste atua primeira caridade ( v.4 ).
Primeira caridade: É Cristo ter primazia em nossa vida. Deus vê coração e não somente obras.( I Tm.16.7 ).
Gravíssimo é o nosso estado espiritual, quando nos falta amor.( I Co.13.1-4 ).

2-) “Lembra pois donde caíste” ( v.5 ).
É no ponto onde caímos que ele nos espera.

3-) Arrepende-te: arrependimento não só para os perdidos, também para os filhos de Deus.( Sl.51.12 ).

Éfeso era uma igreja autêntica,   mas devia arrepender-se de sua falta grave” deixado o primeiro amor”.

4-) Quando não; tirarei do seu lugar o teu castiçal”( v.5 )
Igrejas sem o fogo divino- falta iluminação da glória de Deus. Certamente o Senhor removeu o castiçal.

Os Nicolaitas:( v.6 ) Era um partido dentro da igreja de Éfeso; seguidores de certo Nicolau, que desejava implantação da sucessão apostólica.      





Apocalipse 2:8-11 (Esmirna; do latim; mirra)

2 - Esmirna: Era da perseguição e martírio
Representa a igreja desde o ano 100 ao 313. Foi o período de horrendas perseguições do império romano contra os cristãos que foram queimados vivos, decapitados, entregues as feras no circo romano,etc... Para esses fiéis mártires o Senhor não tem reprovação. O período termina com o edito de tolerância de Milão, assinado por Constantino em 313, Constantino foi imperador cristão, Constantino declara a partir de 313, o cristianismo como religião oficial de Roma. 

A cidade
A cidade de Esmirna localizava-se num braço do mar Egeu, e era considerada uma rival de Éfeso. Diziam ser a primeira cidade da Ásia em beleza e tamanho. Era uma cidade pitoresca, numa encosta sobre o mar, com esplêndidos edifícios, cuja brisa soprada do mar tornava-a fresca e arejada, mesmo nas estações mais quentes do ano. Na época do Novo Testamento, Esmirna provavelmente tinha uma população de aproximadamente 100.000. Por ser um porto excelente, facilitando o comércio entre a Ásia e a Europa, era uma cidade próspera. 

Religião
Durante o domínio romano, Esmirna se tornou um centro de idolatria oficial, conhecida como Guardião do Templo (grego, neokoros). Foi a primeira cidade da Ásia a construir um templo para a adoração da cidade (deusa) de Roma (195 a.C.). Em 26 d.C., foi escolhida como local do templo ao imperador Tibério. Foram descobertas imagens, na praça principal da cidade, de Posêidon (deus grego do mar) e de Deméter (deusa grega da ceifa e da terra).

A igreja
É bastante provável que essa igreja tenha sido fundada por Paulo durante sua terceira viagem, por volta dos 53 a 60 da era cristã.
Essa igreja presenciou a história de Policarpo. Policarpo foi bispo da igreja de Esmirna, foi discipulado e ordenado pelo Apóstolo João, e foi martirizado no ano 155. É bem provável que ele estivesse na condição de bispo dessa igreja quando do recebimento dessa carta.

Os crentes
As autoridades, após prenderem Policarpo, lhe ordenaram dizer que Cesar era Senhor, mas ele se recusou. Levado ao estádio, o procônsul insistiu: "Impropera a Cristo; nega-o e eu o porei em liberdade”. A sua resposta foi: “Por 86 anos eu o tenho servido e ele jamais me causou qualquer mal: como, pois, eu poderia blasfemar contra meu Rei e meu Salvador?" Quando o procônsul novamente o pressionou, o velho homem respondeu: "Visto que em vão instas que (...) jure pela prosperidade de César e ignore não conhecer quem sou e o que sou, declaro aqui com ousadia, que sou cristão...". Pouco depois o procônsul disse: "Tenho feras selvagens à minha disposição; e eu o lançarei às feras caso não te arrependas. Eu o farei ser consumido pelo fogo uma vez que desprezas as feras, se não te arrependeres". Mas Policarpo disse: "Ameaças-me com o fogo que pode durar por uma hora e, então, se extingue, mas ignoras o fogo do julgamento vindouro e a punição eterna reservada para os ímpios. Por que te demoras? Faça a sua vontade". Logo depois o povo ajuntou madeira e palha, instigados pelos judeus, e o queimaram na fogueira



A carta
A história de Policarpo mostra bem a situação em que viviam os crentes da igreja de Esmirna, ao tempo em que Jesus se dirigiu a ela. Por isso a auto-designação do Senhor é como aquele que esteve morto mas que havia tornado à vida, da mesma forma que a promessa final, da coroa da vida ao que fosse fiel até à morte. Cristo se apresenta como o vencedor da morte, o que vive eternamente, e aquele que poderia dar a verdadeira vida àqueles que, mesmo tendo sua vida terrena ceifada, permanecessem fiéis à sua palavra. Na situação dos discípulos de Esmirna, encarando perseguições difíceis, seria especialmente importante lembrar da ressurreição de Jesus. O Senhor deles não fracassou diante da morte; ele a venceu! Eles, sendo fiéis, teriam a mesma esperança.
Ele também mostra ao seu povo que todos os seus sofrimentos eram de seu conhecimento: "conheço a tua tribulação, a tua pobreza". Na verdade, extrema pobreza. Em Esmirna, geralmente, aqueles que abraçavam a fé em Cristo eram despedidas de seus empregos e, portanto, despojados de todos os bens terrenos. Sob essa ótica, tornar-se um cristão significava um grande sacrifício, que implicaria em pobreza, fome, prisão e, muitas vezes, morte por meio de feras ou de fogo.
Jesus também declara que conhecia a blasfêmia daqueles que se declaravam judeus e não o eram de fato, sendo, antes, a sinagoga de Satanás. Por sua característica comercial, muitos judeus moravam nessa cidade e, lá, não apenas negavam o messias, como perseguiam e acusavam seus seguidores às autoridades constituídas pelos romanos. O próprio Jesus fez questão de negá-los como povo, denominando-os seguidores do diabo.

O desafio
Não temas as coisas que tens de sofrer (10): O conforto oferecido por Jesus não é o livramento do sofrimento. Ele anima os discípulos em Esmirna a não desistirem diante das tribulações que viriam logo; aqueles que ensinam que o servo fiel será sempre próspero e livre de sofrimento nesta vida não acreditam nas palavras que Jesus mandou à igreja em Esmirna! Entretanto, o Senhor diz a esses crentes que eles não deviam sentir piedade de si mesmos. Na verdade, eles eram ricos, ricos de sua graça, sua misericórdia e muitos frutos. Certamente essas palavras de Jesus eram um grande conforto aos seus filhos.
Quando afirma que o diabo estava para lançar alguns na prisão para os por à prova, isso incluía a mão dos judeus, cheios de raiva e inveja contra os crentes. A essas prisões, geralmente, seguiam-se torturas e morte. Mas o Senhor estava no comando, ele usaria essa situação para prová-los e aprová-los, e promete que a tribulação teria prazo certo, mesmo que demorado, estava sob o comando do Senhor.

Ao vencedor
Ser fiel até à morte não significava, para esses crentes, ser leal a Cristo até o fim de seus dias, mas ser fiel a Ele, ainda que isso lhes custasse a própria vida. Eles poderiam passar pela primeira morte, mas a morte eterna, a segunda morte, jamais os alcançaria. A esses, o Senhor prometeu a coroa da vida, a vida eterna ao seu lado. 
Na cidade de Esmirna, circulava uma moeda que tinha a sua face cunhada com o rosto da deusa Cibele de Esmirna com uma grande coroa em sua cabeça. O Senhor aqui consola o seu povo, pois poderiam perder seus recursos e suas coroas (moedas/dinheiro), mas receberiam do Senhor a coroa da vida, o verdadeiro tesouro, que não pode ser roubado ou confiscado por homem algum.
Esmirna foi fiel a seu chamado para ser candeeiro, e brilhou para a glória do Senhor.

Apocalipse 2:12-17 (Pergamo; do Gr; cidadela)
3 - Pérgamo: Era de Compromissos

Pérgamo cobre os séculos IV e V, e a metade doVI. Como satanás não pode destruir a igreja com a perseguições, tratou de corrompe- e coloca-la em compromisso com o estado, introduzindo na igreja pagãos não-convertidos e que conservavam parte de suas idéias, este paganismo introduzido na igreja, foi tirando sua força espiritual

A cidade
A cidade se localizava sobre uma grande montanha de rocha tendo aos seus pés um grande vale circunvizinho. O único livro do Novo Testamento que cita a cidade ou a igreja em Pérgamo é o Apocalipse. Com a ajuda dos romanos, Pérgamo ganhou independência dos selêucidas em 190 a.C., e passou a fazer parte do império romano a partir de 133 a.C. Durante mais de 200 anos, foi a capital da província romana da Ásia. Tinha uma das maiores bibliotecas da época. Foi o povo de Pérgamo que primeiro usou peles de animais para fazer pergaminho, que substituiu o papiro, usado para fazer livros. Em suma, Pérgamo era um grande exemplo de ostentação da cultura e civilização modernas. Os pergamenses eram ecléticos, cultos, pessoas de horizontes largos, dispostos a aceitar novas idéias e a conviver dialeticamente com vários pontos de vista divergentes. 

A religião
Desde 29 a.C., Pérgamo foi o local de um templo dedicado a Roma e a Augusto (idolatria oficial do governo romano). Mais tarde, foram construídos outros templos para a honra dos imperadores Trajano e Severo. Por ser capital da província, Pérgamo se prestava a ser o centro do culto ao imperador. Ali o imperador era louvado e os templos dedicados ao culto a César. Era exigido de todos, inclusive dos crentes, oferecerem incenso à imagem do imperador e a aclamação de que “César é Senhor”. Além desses templos para o culto imperial, o povo de Pérgamo adorava outros “deuses”, tais como Zeus (para cuja adoração havia sido construído o grande altar de Zeus) Atena, Dionísio e Asclépio. Encontramos em Pérgamo uma mistura de religiões pagãs e o poder oficial do governo romano. Lá, Esculápio, o deus da cura, era cultuado sob o emblema da serpente que, para os cristãos, era o próprio símbolo de Satanás. Todas essas coisas certamente estavam na mente de Cristo quando ele chamou Pérgamo de o lugar “onde está o trono de Satanás”. Ali Satanás tinha o seu trono, e ali, reinava livremente. 

A igreja
Jesus elogia a perseverança dos cristãos de Pérgamo, que foram fiéis à fé de Jesus, mesmo sob perseguição intensa. Antipas é mencionado somente aqui. Evidentemente foi um mártir, provavelmente da própria congregação em Pérgamo. Foi morto entre eles, na cidade onde Satanás habitava. Antipas se mostrou fiel até a morte (veja 2:10). 
Os crentes
Apesar da perseverança dos cristãos em Pérgamo, haviam problemas graves ameaçando o bem-estar da congregação. Eles se mostraram tolerantes em relação a falsas doutrinas, especificamente dois erros citados nesta carta. 

A doutrina de Balaão
A descrição da doutrina de Balaão refere-se à história do Velho Testamento (Números 22-25; 31:16). No final dos 40 anos de peregrinação, os israelitas chegaram perto da terra prometida. Acamparam-se nas campinas de Moabe, e os moabitas e midianitas ficaram amedrontados. Balaque chamou Balaão para amaldiçoar o povo, mas Deus frustrou todas as suas tentativas de falar contra os israelitas. Balaão desistiu de suas maldições, mas procurou outra maneira de vencer o povo de Israel, dando o conselho de convidá-los a participarem de uma festa idólatra. Nesta festa, muitos israelitas se envolveram na idolatria e na imoralidade, e Deus mandou uma praga que matou 24.000 israelitas.
Na igreja em Pérgamo, algumas pessoas agiam como Balaão. Incentivavam o povo a ser tolerante de outras religiões, até participando da idolatria e da prostituição, visto que recusar participar dos eventos pagãos significava sua exclusão de toda a vida social daquela época, o que poderia trazer sérias conseqüências no que se refere a emprego e negócios. Assim, surgiu a idéia de que poderiam freqüentar essas festas, participar dos rituais e comer das comidas sacrificadas a ídolos, desde que mantivessem suas mentes resguardadas dessa adoração pagã. Outros iam ainda mais longe, dizendo: “Como pode alguém condenar e vencer a Satanás sem que o conheça profundamente?”.
Jesus também repreende a doutrina dos nicolaítas. A Bíblia não identifica esta doutrina, mas diz que Jesus odiava as obras dos nicolaítas e elogiou os efésios por rejeitarem esses ensinamentos (2:6). Infelizmente, a igreja em Pérgamo tolerava esses falsos mestres.
Enfim, a igreja de Pérgamo vivia uma meia aliança com o mundo, uma espécie de amizade, que Deus considera inimizade contra Ele. A igreja deveria ter disciplinado os faltosos mas, não o fazendo, o próprio Cristo pelejaria contra eles com a espada de sua boca. Esse ensino é impopular hoje, quando estamos tão preocupados em “produzir” um cristianismo aceitável à nossa cultura evoluída e civilizada. 

O desafio
“Portanto, arrepende-te; e, se não, venho a ti sem demora e contra eles pelejarei com a espada da minha boca” (2:16). A espada representa a autoridade e o poder para julgar e castigar. É Jesus, e não o governo romano, que segura esta espada (1:16). Jesus conclama o seu povo ao arrependimento, a voltar à pureza doutrinária e moral, a dizer não ao mundo, mesmo que isso custasse suas próprias vidas. Não é um desafio fácil, mas um desafio necessário par aqueles que querem servi-lo. Dizer não ao mundo é a única forma de abraçar a Cristo, visto não possível a convivência conjunta entre as verdades do evangelho e os prazeres desse mundo.
Ao vencedor
Aqueles que persistem até o final receberão a recompensa. Nesta carta, a bênção para o vencedor é descrita em duas partes:
Aqueles que recusassem qualquer participação na mesa dos demônios seriam sustentados pelo maná de Deus. Jesus é o maná dado pelo Pai (Jo 6:31-65). Ele sustenta os fiéis e lhes dá vida.
Além disso, receberiam uma pedrinha branca, com um novo nome escrito, o que representa uma nova identidade, uma nova realidade no Senhor. Um nome novo, freqüentemente, sugeria uma nova direção na vida, especialmente de uma pessoa abençoada por Deus (Abrão; Sarai; Jacó). Em Is 62:2-4, Desamparada e Desolada recebem nomes novos: Minha-Delícia e Desposada, mostrando a bênção de estar com Deus.
Conforme os costumes da época, uma pedrinha branca pode incluir vários significados. Pedras brancas eram usadas para indicar a inocência de pessoas acusadas de crimes; Jesus inocenta os seus seguidores fiéis. Pedras brancas eram dadas a escravos libertados para mostrar sua cidadania; os fiéis não são mais escravos do pecado, pois se tornaram cidadãos da pátria celestial. Elas eram usadas pelos romanos como um tipo de ingresso para eventos especiais; Jesus permite os fiéis a entrarem na presença dele para o seu banquete. Também eram dadas aos vencedores de corridas e aos  Versão para impressão 

Apocalipse 2:18-29 (Tiatira)
4 - Tiatira: Era de Apostasia

Tiatira representa o período que vai desde o séculos VI ao XV, é a idade media, filha de um rei sidônio, adorava a baal, a qual introduziu a idolatria e corrupção religiosa em Israel, é aqui o símbolo da apostasia e corrupção religiosa aberta, é a igreja do paganismo. 

A cidade
A cidade de Tiatira situava-se no caminho entre Pérgamo e Sardes. Atualmente, chama-se Akhisar (significa “castelo branco”), na Turquia. Lídia, a primeira pessoa convertida por Paulo na Europa, era de Tiatira (Atos 16:14), mas não temos mais nenhuma informação sobre esta igreja no texto bíblico, a não ser quanto a essa carta enviada por Jesus a essa igreja.
A cidade de Tiatira era conhecida pela produção de púrpura, uma tinta usada em tecidos. Em virtude de sua localização entre grandes centros, essa cidade especializou-se no comércio, não apenas da púrpura, mas também de roupas, artigos de cerâmica, bronze, etc. Havia em Tiatira grupos organizados de artesãos e profissionais, semelhantes às associações profissionais de hoje, mas com elementos religiosos de influência pagã, ou seja, cada associação tinha seu deus protetor, ao qual todos os associados deviam reverência e culto.
A religião
Como as outras cidades da época, Tiatira também tinha seus templos e santuários religiosos, incluindo templos a Apolo, Tirimânios e Ártemis (uma deusa chamada Diana pelos romanos), além de um santuário a sibila (orácula) Sambate. A importância de figuras femininas na cultura religiosa de Tiatira pode ter facilitado o trabalho de Jezabel, a mulher que seduzia os discípulos e incentivava a idolatria e a prostituição.
A igreja
Jesus se dirige à igreja se apresentando como aquele que conhecia “as tuas obras, o teu amor, a tua fé, o teu serviço, a tua perseverança e as tuas últimas obras, mais numerosas do que as primeiras”. A igreja em Tiatira era uma congregação ativa. Ao invés de esfriar, ela se tornou cada vez mais fervorosa no serviço a Deus. Vimos que faltava amor em Éfeso (2:4), mas Jesus viu esta qualidade boa em Tiatira. Junto com as suas obras, os discípulos em Tiatira mostraram a sua fé, perseverando mesmo em face de perseguições ou dificuldades.
Como já comentado, as associações comerciais de Tiatira tinham como ponto alto os eventos de adoração ao deus patrono. Esses eventos incluíam banquetes nos quais os alimentos eram primeiramente sacrificados a esses ídolos, seguidos pelo verdadeiro e totalmente imoral divertimento. Os crentes que se negavam em participar desses eventos eram discriminados e desprezados pela sociedade, o que lhes trazia sérias conseqüências em relação a seus negócios seculares.
Assim, o problema principal da igreja em Tiatira, narrado por Cristo, foi uma atitude tolerante em relação a uma falsa profetisa. É possível que essa mulher realmente se chamasse Jezabel, mas é mais provável que Jesus tenha escolhido este nome por representar toda a maldade da mulher do rei Acabe no século IX a.C. Ela teve uma influência terrível em Israel, conduzindo o povo à idolatria e à prostituição cultual. A Jezabel de Tiatira agiu de maneira semelhante, seduzindo os cristãos às práticas de idolatria e prostituição (imoralidade sexual literal, ou impureza espiritual), incentivando os crentes a comerem coisas sacrificadas aos ídolos.
Interessante que Jesus promete prostrá-la de cama, mas não à cama da prostituição à qual ela se deitava por vontade própria, mas a cama de doença e sofrimento. Jesus forçaria esta mulher e seus cúmplices a se deitarem na cama de tribulação.
Os crentes
Entretanto, Jesus afirma àqueles que não haviam abraçado a doutrina de Jezabel e que não haviam conhecido, como eles diziam, as coisas profundas de Satanás, que não lhes jogaria outra carga, mas apenas que “tão-somente conservai o que tendes, até que eu venha”. Vejam que o Mestre não queria colocar jugo sobre suas costas, pois seu jugo é manso e seu fardo é leve, como nos afirma o texto de Mateus. O pai apenas pedia a seus filhos que não se contaminassem com a sujeira na qual o mundo à sua volta esta envolto. Ele queria que seus filhos permanecessem limpos, para que pudessem ter comunhão com ele.
Esses crentes já tinham a aprovação do Senhor quanto as suas obras e seu amor, e o Pai apenas os convidava a permanecer fiéis, e não largar aquilo que haviam conquistado, a exemplo do que fizeram os crentes de Éfeso.
Ao vencedor
Essa carta traz, àqueles que se guardassem fiéis, não desfalecendo em suas obras e amando ao Senhor sobre todas as coisas, a promessa de que teriam autoridade concedida dos céus. Esses crentes podiam, no presente momento, ser oprimidos pelas autoridades locais, mas, em Cristo, exerceriam a verdadeira autoridade, autoridade essa que não é conquistada ou mantida pela força, mas que vem do Senhor e que transforma o mundo.
Esses crentes gozariam de eterna e profunda comunhão com Cristo, a Estrela da Manhã, brilhando e reinando em glória, por intermédio daquele que os havia conquistado por seu sangue. Seriam como o que a Bíblia descreve em provérbios, 4:18: “Mas a vereda dos justos é como a luz da aurora, que vai brilhando mais e mais, até ser dia perfeito”.

vitoriosos em batalha. Os fiéis são vencedores que receberão o prêmio.

Apocalipse 3:1-6 (Sardes;)
5 - Sardes: Era da reforma

Sardes corresponde á igreja no século XVII e primeira parte do XVIII, quando a verdade bíblica começou a abrir caminho por meio da pregação dos reformadores. Ap 3.2; profetiza a tragédia vividas pelas igrejas que, após a morte de seus fundadores, deixaram morrer parte das verdades descobertas e pregadas pelos reformadores.

A cidade
Sardes foi fundada no século 12 a.C. No passado, foi a capital da antiga monarquia lídia, um dos reinos mais ricos do mundo antigo. A cidade, hoje apenas ruínas perto da atual vila de Sarte na Turquia, considerava-se impenetrável. Situava-se em uma rota comercial importante no vale do Hermo, com a parte superior da cidade (a acrópole) quase 500 metros acima da planície, nos rochedos íngremes do monte Tmolo. Era uma cidade próspera, em parte devido ao ouro encontrado no Pactolos, um ribeiro que passava pela cidade. A cidade antiga fazia parte do reino lídio. Pela produção de ouro, prata, pedras preciosas, lã, tecido, etc., se tornou próspera. Os lídios foram o primeiro povo antigo a cunhar regularmente moedas. Em 546 a.C., o rei lídio, Croeso, foi derrotado pelos persas (sob Ciro o Grande). Soldados persas observaram um soldado de Sardes descer os rochedos e, depois, subiram pelo mesmo caminho para tomar a cidade de surpresa durante a noite. Assim, a cidade “inconquistável” caiu quando o inimigo chegou como ladrão na noite. Em 334 a.C., a cidade se rendeu a Alexandre, o Grande. Em 214 a.C., caiu outra vez a Antíoco, o Grande, da Síria. Durante o período romano, pertencia à província da Ásia, mas nunca mais recuperou o seu prestígio. Era uma cidade com um passado glorioso e um presente de pouca importância em termos políticos e comerciais.

A igreja
“Conheço suas obras”. Como nas outras cartas, aquele que estava no meio dos candeeiros conhecia perfeitamente as obras e os corações das igrejas, e, quanto a igreja de Sardes, ele afirma que “Tens nome de que vives, e estás morto”. Esta frase ilustra perfeitamente a diferença importante entre reputação e caráter. A reputação é a fama da pessoa, o que os outros acham que ela é. O caráter é a essência real da pessoa, o que ela realmente é. As pessoas enxergam somente por fora, mas Jesus vê o homem interior e sonda os corações. A igreja de Sardes teve a reputação de ser ativa e viva, mas Jesus sabia que estava quase morta. Ele não fala da perseguição romana, nem de conflitos com falsos judeus. Não cita nenhum caso de falsos mestres seduzindo o povo ao pecado. Ele fala de uma igreja aparentemente em paz, que, aos olhos humanos, poderia ser considerada uma igreja perfeita, mas a boa fama não ocultou a verdadeira natureza desta congregação dos olhos do Senhor.
Não tem como enganar ao Criador. Podemos fingir uma fé para os homens, simular uma vida de intimidade com Deus, mas jamais enganaremos a Cristo. Cristo conhece nossas obras e, mais, conhece nossa real motivação ao praticá-las. Aqueles crentes viviam numa comunidade vibrante e cheia de atividades, mas na verdade seu interior estava sem vida. Aos olhos de Deus era uma igreja morta, que precisava de um avivamento espiritual profundo.

O desafio
Cristo os conclama a igreja a “Sê vigilante e consolida o resto que estava para morrer, porque não tenho achado íntegras as tuas obras na presença do meu Deus”. Essa igreja, que se achava tão viva e ativa, na verdade, era formada por mortos espirituais. A falta de vigilância foi o erro daqueles crentes. Muitas passagens no Novo Testamento frisam a importância da vigilância, pois o pecado nos ameaça a todo instante, e devemos permanecer alerta para não sermos destruídos por ele (Mt 26:41; Mt 24:42-43; 25:13; Lc 12:27-39, 1Pe 5:8).
Jesus os alerta para que salvassem aqueles que estavam caminhando para a morte. Sua religiosidade e seu compromisso com a igreja e com os cultos não os estavam levando à vida, mas, ao contrário, os levava à separação completa do criador. Jesus os convidava a olharem para a direção certa, a deixar uma vida de religiosidade e experimentarem uma vida de real entrega ao Senhor.
Jesus lhes afirma que não achava íntegras as suas obras na presença de Deus: Em vista de sua reputação de ser uma igreja viva, presume-se que a igreja de Sardes era uma igreja ativa. O problema não foi a ausência de obras, mas a falta de integridade delas. É possível defender a doutrina de Deus sem amar ao Senhor (2:2-4). É possível obedecer mandamentos de Deus sem inteireza de coração (2 Cr 25:2). É possível fazer coisas certas por motivos errados. Tal foi o exemplo de Caim, assim essa igreja não teve suas ofertas aprovadas pelo Senhor.


O chamado
No verso 3 o Senhor chama a igreja a olhar o seu passado e tudo o que havia recebido do Senhor, não como a cidade de Sardes, que vivia pelas lembranças de seu passado glorioso, mas um olhar ao passado que os pudesse lembrar sua verdadeira natureza, trazendo seus corações de volta ao Senhor. A igreja precisava lembrar das grandes bênçãos recebidas e voltar a valorizar a sua comunhão especial com Deus. Essa passagem me lembra a admoestação de Paulo ao jovem pastor Timóteo, quando diz em 1Tm 1:18 que ele deveria sempre trazer à mente as profecias que ele havia recebido sobre seu chamado e, firmado nelas, deveria prosseguir no bom combate. No livro de Lamentações (3:21), no meio da desolação em que o povo de Israel se encontrava, o profeta Jeremias disse “quero trazer à memória o que me pode dar esperança”.
Na sequência, Jesus afirma que, caso não se arrependam, viria como ladrão, pegando-os de surpresa, de modo que não tivessem qualquer oportunidade de retorno. Obviamente, Jesus se referia à tomada da cidade, que ocorrera no passado durante a calada da noite, a qual pegou todos desapercebidos. Assim age o nosso Senhor e, por isso, devemos estar alerta e preparados para sua vinda. Precisamos ser encontrados de vestes brancas, com nossas lâmpadas acesas, e com o coração submisso à sua vontade.

O elogio
Jesus afirma que, em Sardes, haviam umas poucas pessoas que não haviam contaminado as suas vestes. No meio de uma igreja quase morta, Jesus encontrou algumas pessoas que permaneceram fiéis! Tal como nos tempos de Elias, havia um remanescente, haviam crentes verdadeiros que estavam vivos em Cristo. Esse texto não deve ser interpretado de forma a justificar a tolerância ao pecado público numa igreja, como vimos nas cartas anteriores. Esses, certamente não haviam se contaminado, mas também não se conformaram com o pecado da igreja. O livro de Efésios nos adverte a não sermos participantes e nem cúmplices nas obras das trevas (5:7,11).
Ao vencedor
Tal como esses que haviam se mantido fiéis, Jesus promete a todos os que vencessem que andariam com ele, vestidos de vestiduras brancas, não mais manchados ou contaminados pela lama do pecado, e experimentando de completa comunhão com ele.

Conclusão
Muitas vezes, julgamos os outros com base naquilo que podemos ver. Entretanto, nem sempre essa aparência espelha a realidade que acontece no íntimo de cada indivíduo. Ao contrário, o Senhor julga os corações. Ele vê o caráter verdadeiro, a essência, a real motivação de cada um. Quando enviou esta carta à igreja em Sardes, Jesus contrariou a impressão generalizada sobre aqueles crentes. Apesar de ter a reputação de uma igreja forte e ativa, ele viu as falhas e sabia que aquela congregação estava quase morta. Se não voltasse a viver, seria tomada de surpresa, como se fosse por um ladrão.
Essa carta serve para nos deixar alerta. Ela nos conclama a nos examinarmos e, tal como Davi nos versos 23 e 24 do Salmo 139, orarmos ao Senhor para que ele nos sonde e conheça o nosso coração, prove-nos e conheça os nossos pensamentos, e veja se há em nós algum caminho mau e, então, guie-nos pelo caminho eterno.






Apocalipse 3:7-13 (Filadélfia; Amor fraternal)
6 - Filadélfia: Era do avivamento

Filadélfia que quer dizer amor fraternal, representa a última parte do século XVIII e a primeira parte do século XIX, com o nascimento da expansão missionária e a organização das Sociedades Bíblicas. Começa a se estudar-se Daniel e apocalipse e surgem os maiores reaviva mentos da História. 

A cidade
A cidade de Filadélfia gozava de uma localização estratégica de acesso entre os países antigos de Frígia, Lídia e Mísia. Foi fundada pelo rei de Pérgamo, Atalo, cerca de 140 a.C. Ele foi conhecido por sua lealdade ao seu irmão Eumenes, dando assim origem ao nome da cidade (Filadélfia significa "amor fraternal"). A região produzia uvas, e o povo especialmente honrava a Dionísio, o deus grego do vinho. Entretanto, Filadélfia era uma cidade pequena e sem nenhuma atividade econômica de grande destaque. A cidade servia como base para a divulgação do helenismo às regiões de Lídia e Frigia e localizava-se num vale no caminho entre Pérgamo e Laodicéia. Era chamada de a porta aberta do Vale do Hermo. Usando a situação geográfica como referencial, Jesus diz que a igreja tem uma porta aberta pela frente.
Filadélfia foi destruída por um terremoto em 17 d.C. e reconstruída pelo imperador Tibério. Atualmente, a cidade de Alasehir fica no mesmo lugar, construída sobre as ruínas de Filadélfia.

A carta
Jesus se apresenta como o santo e verdadeiro. Nessa auto-designação, Jesus enfatiza sua realidade, em contraste com a falsidade dos judeus que viviam na cidade.
Ele também se apresenta como aquele que tem a chave de Davi, que abre, e ninguém fecha, e que fecha, e ninguém consegue abrir. Filadélfia era conhecida como a porta aberta do Vale do Hermo, mas Jesus se mostra como a chave, aquele que tem a autoridade e o domínio sobre todas as coisas.

A igreja
A exemplo de Esmirna, Filadélfia não recebeu qualquer crítica do nosso Senhor. A essa igreja, Jesus declara que, mesmo sendo pequena e fraca, provavelmente se referindo ao seu tamanho e poder financeiro ou político, o Senhor havia posto diante de sua igreja uma porta aberta, a qual ninguém poderia fechar. Antes mesmo de falar sobre as suas obras, Jesus já oferece encorajamento a esses discípulos, mostrando-lhes que aquilo que ele lhes confiasse, ninguém poderia usurpar ou impedir. Mesmo sendo servos fiéis, eles se sentiram fracos e, talvez, incapazes de cumprir bem sua missão, mas Jesus lhes afirma que sua força vinha Dele, e não de si mesma. Filadélfia era uma cidade missionária das trevas, mas à sua igreja, Jesus estava concedendo a autoridade de ser porta para a difusão do evangelho.
Essas portas representam acesso e oportunidades. Deus lhes estava dando oportunidades e, antes que desanimassem, ele lhes mostra que sua pouca força, em termos físicos não representava qualquer empecilho a esse chamado, visto que, no mundo espiritual, essa igreja era poderosa diante de seu Senhor. É nesse mesmo sentido que Paulo declara em II Co 12:10 que: “sinto prazer nas fraquezas, nas injúrias, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias, por amor de Cristo. Porque, quando sou fraco, então, é que sou forte”. É isso o que fazia com que essa igreja permanecesse de pé, mesmo diante de lutas e perseguições.
Essa maravilhosa igreja vivia em constante oposição dos judeus, que tinham uma sinagoga na cidade. O livro de Atos nos mostra o quanto esses que se julgavam conhecedores de Deus perseguiam o evangelho. Isso não era diferente em Filadélfia. Mas o Senhor não deixou que isso passasse despercebido. Ele guardou sua igreja e aprovou a sua fidelidade, prometendo que esses seguidores de Satanás viriam e se prostrariam aos seus pés.

O desafio
A essa igreja, o desafio do Senhor era que se mantivessem fiéis. As lutas seriam grandes e difíceis, e, ao contrário de algumas das sete igrejas, Filadélfia não havia desistido ou se conformado com o mundo. O Senhor queria que não vacilassem, que não olhassem para traz, que permanecessem firmes até a sua volta

A promessa
Como vimos no início, a cidade de Filadélfia, não muito tempo antes de receber essa carta, havia sido destruída por um terremoto. É certo que todos traziam esse trágico acontecimento em suas memórias, e, possivelmente, temiam que algum dia isso pudesse novamente acontecer. Mas, aos seus filhos, o Senhor os promete ser como colunas no santuário de Deus, colunas essas que, como disse Jesus, jamais sairiam dali, jamais se abalariam. As colunas da cidade haviam ruído, mas as colunas no verdadeiro templo de Deus jamais seriam destruídas.
Como diz o Salmo 125, “os que confiam no SENHOR são como o monte Sião, que não se abala, firme para sempre”.

Apocalipse 3:14-21 Laodicéia: Era atual 
(Laodicéia; do Gr; governo humano, vontade do povo)

7 - Laodicéia era uma igreja orgulhosa, presunçosa, e auto suficiente que não reconhecia seu estado de miséria. Apesar de seus erros Deus continua a ama-la, mas não tolera seus erros, mas lhe dirige os conselhos mais comovedores e inclusive faz o mais terno oferecimento, entrar em intima comunhão com ele. Ap 3.20  

A cidade
Laodicéia situava-se no vale do rio Lico, na Ásia Menor. Nesse vale, situavam-se três cidades principais: Colossos, conhecida por suas fontes de água fria, Hierápolis, conhecida por suas fontes de águas termais, e Laodicéia, uma cidade próspera e autosuficiente, que servia como centro financeiro e comercial da região. Devido a sua properidade, era o lar de muitos milionários, contando com teatros, estádio e um ginásio equipado com banhos. A cidade era tão rica que seus habitantes declinaram em receber ajuda do governo após a cidade ter sido parcialmente destruída após um terremoto que ocorreu no ano 60 d.c. Laodicéia situava-se no local da cidade moderna de Denizli, na Turquia, no cruzamento de algumas das principais estradas da Ásia Menor. À época, a água da cidade vinha, via aquedutos, das fontes termais de Hierápolis, chegando morna em Laodicéia.
A cidade tinha uma famosa escola de medicina, que produzia, dentre outras coisas, um remédio para olhos fracos. Na cidade, a macia lã negra das ovelhas do vale era tecida em peças de roupa. Devido a sua riqueza e prosperidade, a cidade era também conhecida por sua arrogância.


A igreja
A atitude dos crentes de Laodicéia não era diferente da dos demais habitantes da cidade. Esses crentes eram presunçosos e soberbos. Jactavam-se de sua posição social, de sua riqueza, de sua influência e, por isso, imaginavam que, espiritualmente, eram privilegiados. Pensavam que sua prosperidade era um inequívoco sinal da aprovação de Deus sobre suas obras, por isso, diziam em seus corações: “Estou rico e abastado, não preciso de coisa alguma”. Esses crentes haviam se esquecido de que dependiam do maná vindo do céu, julgando que não precisavam do favor divino.
Jesus se apresenta a essa igreja como o princípio e o fim de toda a criação de Deus. Aquele que era fiel e verdadeiro, e que não podia se influenciado por nada em sua justiça. Em outras palavras, Jesus se apresenta como aquele que tinha todo o controle sobre a criação, e que seu julgamento era reto e justo, visto que nenhuma riqueza o poderia corromper.
Jesus conhecia o coração daqueles crentes, e conseguia ver muito além da aparente prosperidade espiritual que os envolvia. Sua repreensão usa como pano de fundo a situação vivida por aquelas pessoas, e ele se coloca como totalmente enjoado por sua soberba, totalmente nauseado, a ponto de vomitá-los de sua presença. Essa expressão não era de difícil entendimento para aqueles crentes. Como já dissemos, a água da cidade vinha de fontes termais, e chegava morna nas torneiras. Muitos, ao bebê-la, sentiam essa sensação de vômito, e era exatamente assim que o Senhor descreve seu sentimento em relação àquela igreja. Jesus afirma que seria melhor que fossem frios ou quentes. As águas termais de Hierápolis ajudavam no tratamento de alguns problemas de saúde. As águas frias de Colossos eram boas para beber. Mas as águas mornas de Laodicéia davam ânsia de vômito!
Jesus afirma que aqueles crentes, ao contrário do que pensavam, aqueles crentes eram infelizes, miseráveis, pobres, cegos e nus. Eles podiam, em termos materiais, serem abastados, bem vestidos e aquecidos com suas roupas de lã e com seus olhos bem tratados pelos colírios produzidos na cidade, mas, em seu coração, eram miseráveis. Não tinham nada, estavam totalmente desprovidos da graça de Deus.
Após o pecado original, Adão e Eva não tiveram coragem de se apresentar a Deus, pois sentiram vergonha de sua nudez. Esses crentes, embora aparentemente bem vestidos, também estavam nus diante do Criador. Estavam sujos por seu pecado, e por isso, estavam na condição de miseráveis.
Paulo, após seu encontro com Cristo, nada consegui ver, até que, por ordem do Senhor, Ananias lhe impôs as mãos e, de seus olhos caíram as escamas (At 9:18) que lhe impediam de ver as realidades espirituais.

O Desafio
No livro de Tiago, no capítulo 4, o Senhor lembra a sua igreja, que “Deus resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes” (v. 6), e os convida: “Chegai-vos a Deus, e ele se chegará a vós outros. Purificai as mãos, pecadores; e vós que sois de ânimo dobre, limpai o coração. Afligi-vos, lamentai e chorai. Converta-se o vosso riso em pranto, e a vossa alegria, em tristeza. Humilhai-vos na presença do Senhor, e ele vos exaltará” (v. 8-9).
Essa era a atitude que o Pai esperava de seus filhos. Por isso ele os convida a dEle comprar “ouro refinado pelo fogo para te enriqueceres, vestiduras brancas para te vestires, a fim de que não seja manifesta a vergonha da tua nudez, e colírio para ungires os olhos, a fim de que vejas”. O Senhor desejava que seus filhos entendessem que a verdadeira riqueza é espiritual, e vem exclusivamente de Deus; as verdadeiras vestes são as vestes de justiça, de santidade, as vestes brancas que o Senhor reservou para seus filhos e que, somente por Ele, eles poderiam ser curados da cegueira espiritual que os afligia.
Assim, o verso 19 apresenta o desafio do Criador: “Eu repreendo e disciplino a quantos amo. Sê, pois, zeloso e arrepende-te”.
A correção que vem de Deus é uma manifestação do seu amor (Hebreus 12:4-11). Deus ainda amava esses crentes, e os convida a voltar a Ele. Isso nos ensina sobre sua misericórdia e que, conforme diz sua Palavra: não resiste ao coração humilde e contrito (Sl 51:17). É por isso que ele se apresenta à igreja como aquele que estava à porta de seus corações, esperando deles uma atitude de humildade, para recebê-lo em sua casa. Ele deseja ter comunhão com o seu povo, estar com eles e desfrutar de sua companhia.

A promessa
Ao vencedor, Jesus promete o assentar-se com ele em seu trono. Não mais um trono independente e longe do Pai, mas em Seu trono, em sua presença, em sua constante companhia. Deus quer seus filhos ao seu lado, e essa é a promessa àqueles que se renderem a Ele, com o coração quebrantado, confiados em sua maravilhosa graça.